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Resumo
Enquadramento: A Interrupção Espontânea da Gravidez (IEG) em primigestas desencadeia reações emocionais complexas que ocorrem fora dos serviços de saúde. Objetivos: Compreender a vivência da IEG no primeiro trimestre de gravidez nas mulheres primigestas. Metodologia: Estudo qualitativo, fenomenológico. A amostra, do tipo intencional, é constituída por seis participantes. A informação foi obtida por entrevista aberta e a sua análise teve por base a proposta de Loureiro (2002; 2006). Foi garantida a fidelidade e transferibilidade contextual. Resultados: A essência do fenómeno é o desfazer do sonho que resulta da privação súbita da gravidez e da maternidade desejada. A estrutura encontrada organiza-se em três temas centrais: vivência de sentimentos negativos; elaboração interior; desejo de garantia da maternidade. Estes temas coexistem ao longo do tempo embora se manifestem com forças distintas. Conclusão: A IEG constitui uma perda gestacional precoce, vivida com emoções negativas importantes mas também com o esforço de reorganização interior, que merece atenção e monitorização por parte dos profissionais de saúde. Palavras-chave aborto espontâneo; perda gestacional; luto; enfermagem obstétrica.
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