Resumo

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A passagem de turno dos enfermeiros, nos quartos dos utentes, é uma prática internacional e comum em muitos contextos hospitalares do nosso país. O seu principal intuito é envolver os utentes no seu processo de cuidados, mas devido, sobretudo, ao carácter delicado e pessoal das informações transmitidas, muito se tem discutido sobre as suas vantagens e desvantagens.
Neste artigo, apresentam-se os resultados de um estudo exploratório - descritivo com dados de natureza qualitativa, que teve como objectivo descrever as opiniões de utentes internados, em três serviços dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), relativamente a esta prática. A amostra intencional foi constituída por 10 utentes submetidos a intervenção cirúrgica, após consentimento informado, com um internamento mínimo de sete dias, entrevistados entre 8 de Abril e 15 de Maio de 2005.
Da análise do conteúdo, de acordo com Bardin (1991, 2007) e Amado (2000), identificaram-se 3 categorias: a) Percepção da Visita de Enfermagem; b) Informação Transmitida; c) Interacção Enfermeiros-Utentes.
Os utentes referem que a passagem de turno, nos quartos, permite a continuidade dos cuidados, o conhecimento mútuo Enfermeiro-Utente e o cumprimento do seu direito à informação. Contudo, os utentes também referem o comprometimento da confidencialidade, a despersonalização, a pouca interacção Enfermeiro - Utente e classificam a informação como repetitiva, pouco interessante e com linguagem técnico-científica.

Palavras-chave

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trabalho em turnos; visitas a pacientes; enfermagem; preferência do paciente.