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Resumo
As recentes mudanças protagonizadas ao nível das políticas de saúde mental e psiquiátrica, visíveis nos diferentes relatórios nacionais e internacionais (OMS, 2001; CE, 2005; CNRSSM, 2007), reconhecem o estigma e discriminação associados às doenças mentais, perpetuadas em estereótipos como perigosidade, imprevisibilidade e incurabilidade. Partindo destas inquietações foi desenvolvido o presente estudo com objectivos de avaliar crenças e atitudes perante os doentes mentais e analisar o contributo das determinantes sócio demográficas e das crenças nessas atitudes. Este estudo (descritivo-correlacional) foi realizado com uma amostra de 834 indivíduos, adultos residentes em quatro freguesias de Penacova. Os instrumentos de colheita de dados foram: Questionário sócio-demográfico; Opinions About Mental Illness Scale – OMIS, (Cohen & Struening, 1962; 1963; Oliveira, 2005); Inventário de Crenças acerca da Doença Mental – ICDM (Loureiro, E.; Dias, C. & Ferreira. P, 2006); Questionário de causas da doença mental – QCDM, construído pelos autores deste estudo. Os resultados acerca das crenças e atitudes perante os doentes e as doenças mentais mostram um nível de aceitação e tolerância elevados, ainda que escoltadas por mitos como incurabilidade e perigosidade. As análises estatísticas mostram, por um lado que as atitudes mais autoritárias estão sobretudo associadas às crenças na incurabilidade e perigosidade, por outro que as atitudes mais benevolentes e tolerantes estão associadas a uma maior reconhecimento da doença, inclusive a sua condição médica. Conclui-se pois que, independentemente da distância entre o pensado e o agido sobre a doença mental, e da desejabilidade social natural neste tipo de estudos, os resultados indiciam uma mudança positiva no modo de encarar estes problemas, ainda que ancorados nos estereótipos da incurabilidade e da perigosidade. Palavras-chave transtornos mentais, atitude, crenças, representações sociais
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