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Resumo
As doenças infecciosas, longe de serem um problema do passado, reemergiram nas últimas décadas como causa relevante de doença e mortalidade: como exemplos temos a pandemia VIH/SIDA, a tuberculose, o paludismo, etc. Desta forma, as doenças infecciosas enquadram-se na definição de doença emergente (doença que ocorre “de novo” ou em que se verifica um aumento rápido na sua incidência ou distribuição geográfica). Os principais factores associados à emergência destas doenças consistem em: alterações ecológicas, alterações demográficas e societais, comércio e viagens internacionais, alterações nos processos tecnológicos ou industriais, adaptação ou evolução microbiana e insuficiência de medidas de saúde pública. A resistência aos antibióticos, resultante do seu uso generalizado e inapropriado, é um dos desafios que os profissionais de saúde têm de enfrentar, mediante a promoção da sua prescrição e dispensa criteriosas e de estratégias promotoras da adesão à terapêutica. Apesar da maioria dos surtos de doenças infecciosas ter uma causa natural (não-intencional), também podem ser provocados pelo Homem: é o caso da guerra biológica e do bioterrorismo. Enquanto que a finalidade da primeira é provocar o maior número possível de baixas, a finalidade do bioterrorismo é provocar a insegurança e o medo. Os critérios fundamentais de avaliação da ameaça biológica consistem no seu impacte em saúde pública, potencial de disseminação, percepção comunitária da ameaça e necessidades especiais para uma resposta apropriada. É abordada a classificação dos agentes biológicos de acordo com os CDC. Os serviços de saúde têm um papel primordial na gestão dos surtos infecciosos de causa intencional (bioterrorismo). A formação dos primeiros respondentes e a comunicação do risco assumem-se como estratégias fundamentais na promoção duma resposta apropriada a esta ameaça do século XXI. Palavras-chave doenças emergentes, bioterrorismo, gestão do risco, comunicação do risco
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