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Resumo
Neste estudo, a Qualidade de Vida após enfarte agudo do miocárdio foi avaliada através da escala QVPE, incluída num questionário respondido por 41 indivíduos do sexo masculino que frequentaram a consulta de pós UCIC num hospital central. O artigo pretende identificar factores que interferem na Qualidade de Vida dos indivíduos após Enfarte Agudo do Miocárdio. Dos resultados evidencia-se que a Qualidade de Vida Pós EAM é baixa em relação à capacidade física e à percepção subjectiva da situação/doença e pode considerar-se boa no que respeita às relações familiares e comunicação com os outros. Relativamente às diferenças no índice QVPE (Qualidade de Vida Pós Enfarte) em função de algumas variáveis sócio-demográficas, culturais e clínicas dos doentes, verificámos diferenças significativas conforme o tipo de profissão (p = 0,001): menor qualidade de vida nos sujeitos com profissões que exigem sobretudo esforço físico; conforme têm ou não actividade laborai (p = 0,021); menor qualidade de vida nos doentes sem actividade; conforme o prognóstico (0,033), sendo menor nos casos de mau prognóstico. Também observámos uma correlação negativa significativa (r = -0,366, p = 0,009) entre a idade e o índice QVPE. Em contrapartida, não se confirmou que as habilitações literárias e a condição profissional sejam variáveis relevantes na diferenciação do nível de qualidade de vida destes doentes. Palavras-chave
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